Alívio
A Palavra de Deus é verdadeiramente atual, mais do que qualquer outro documento alguma vez escrito ou por escrever. Quando Paulo escreveu Filipenses, o problema da ansiedade não era, com certeza, o que é hoje. Considerado um dos males do século, afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Sufoca e estrangula a alma e em casos extremos incapacita as pessoas de prosseguirem com suas vidas normalmente.
Paulo escreveu esta epistola na prisão de Roma e talvez tivesse motivos para estar ansioso, preocupado com a sua vida. Mas contrariamente ao expetável ele tem uma postura muito diferente e esta carta é também conhecida como a epistola da alegria. E diante da afirmação que ele faz: “Não andeis ansiosos de coisa alguma…” muitos hoje talvez pudessem duvidar que seja possível viver livre da ansiedade. Mas a experiência de Paulo, permite afirmá-lo. Ele estava preso e com muitos motivos para estar muito preocupado e ansioso, mas ao contrário daquilo que poderia ser, foi um tempo muito produtivo na sua vida. Continuava a evangelizar, a escrever, era muito ativo, conforme as circunstâncias o permitiam, e olhava para as oportunidades e aproveitava-as em vez de lamentar a sua “sorte”. Portanto a atitude que escolhemos ter diante das nossas circunstâncias, vai condicionar e muito a nossa realidade, podendo trazer alívio ou peso, conforme seja alinhada com a Palavra de Deus e atitude de Cristo ou não.
Uma outra coisa que Paulo nos traz aqui é a importância da oração, para nos ajudar a não ficarmos ansiosos, ou mesmo para lidarmos com a ansiedade. Hoje sabemos que mesmo a ciência, os neurologistas atestam o impacto da oração no nosso cérebro e de com isso nos ajuda e traz muitos benefícios. Mesmo a nível das áreas cerebrais estimuladas e de substâncias que são produzidas. A ansiedade está muito ligada ao estilo de vida que mantemos.
Paulo exorta-nos a orar e com súplicas. Aproxime-se de Deus com intensidade, insistentemente, peça na certeza de que Ele responderá, confie na Sua fidelidade. Por vezes batemos em muitas portas e tentamos muitas outras alternativas, antes de chegarmos a Jesus com as nossas necessidades e súplicas. Cheguemos a Ele antes de tudo.
E por fim, o apóstolo aconselha-nos a adotarmos uma postura de ações de graças. Dar graças muda verdadeiramente a nossa mente, a nossa visão, disposição e abre caminhos à nossa frente, que de outra forma talvez não conseguiríamos ver. Dar graças ajuda-nos a olharmos para o que temos, para as nossas oportunidades em vez de gastarmos energia a pensar no que quereríamos ou gostaríamos de ter. Quando assim é, as oportunidades, a própria vida, pode passar e não olhamos nem vivemos o presente com o que temos, nem alcançamos o que almejamos.
Sigamos chegando a ELE antes de tudo, pela oração, súplica e ações de graças e assim seguiremos abençoados e sem estarmos sufocados pelas demandas que temos.
Este é realmente um grande desafio em dias tão acelerados como os que vivemos. Mas é um desafio que em Cristo podemos vencer!
Pela oração e súplica, com ações de graças.
Ivan dos Reis Duarte é um ancião ordenado e é secretário distrital do distrito de Cabo Verde Norte na Igreja do Nazareno.