Convite para louvar e temer a Deus

O livro de Salmos é uma colectânea de 150 orações poéticas que eram usadas pelos israelitas nos seus cultos. Este nome provém de grego (Psalmoi) que significa “poemas para serem cantados com música instrumental. Nesta colectânea podemos encontrar diferentes categorias tais como hinos de louvor e adoração a Deus, cânticos sobre a majestade divina, súplicas de protecção, ajuda e salvação, expressões de arrependimento, confissão de culpas e pedidos de perdão cânticos de gratidão pelas bênçãos divinas, etc.

No Salmos 96, versículos 1-3, o salmista formula um convite a todos os moradores da terra para louvar e temer a Deus cantando, bendizendo o Seu nome, anunciando diariamente a sua salvação, a sua glória e as suas maravilhas entre as nações e entre todos os povos.

O salmista fez uma pausa na formulação de seu convite nos versículos 4-6 para apresentar os fundamentos da sua posição, isto é, porque temos que louvar e temer o Senhor? Ele responde dizendo: Porque o Senhor é grande e é digno de louvor; Ele é mais tremendo do que todos os deuses; porque estes nada fizeram, são coisas sem valor, inúteis, sem obras mas Deus tem obras visíveis, Ele fez os céus, é Rei e governa os povos com justiça. Todos os povos devem louvar a Deus porque onde Ele está há esplendor e majestade e no seu santuário há poder e beleza. Aqui, o salmista contrasta o Senhor com deuses. Mostra claramente que os que adoram os deuses estão enganados. Estão a adorar algo sem valor em detrimento de Todo-Poderoso, o arquitecto de Universo e detentor de poder de salvar.

Nos versículos 7-10, o salmista aborda a questão das obrigações de todos os que O louvam e o temem. Quais estas obrigações? Dar glórias e força ao Senhor; entrar nos seus átrios trazendo oferendas; inclinando-se diante Dele e proclamar aos quatro ventos que “o Senhor é Rei”. Nosso dever é de louvar e adorar o Senhor como nosso estilo de vida, não somente aos domingos e nos templos mas em todos os momentos e lugares onde quer que nos encontremos.

Finalmente, nos versículos 11-13, o salmista retoma a onda de convites formulando, desta vez, mais uma vez aos céus, aos campos e tudo o que nele existe para que se alegrassem; aos moradores desta terra e a todas as árvores de bosque para que se regozijassem e aos seres do mar para que se exultassem de alegria na presença do Senhor porque Ele se aproxima e vem para governar a terra. Ele governará este mundo com justiça e fidelidade. Como se pode perceber, nesta parte final deste capítulo há uma profecia da vinda do Filho de Homem, Jesus Cristo. O Apóstolo Paulo em Actos 17:31 confirma esta profecia e o julgamento justo, dizendo “porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.”

Amados, não nos deixemos enganar. Satanás está agindo com muito vigor para desviar os filhos de Deus para a perdição. Aceitemos o convite formulado pelo salmista, cantando louvores ao Senhor, adorá-Lo fervorosamente. Seu amor é ímpar. Enviou Seu Filho unigénito para que todo aquele que Nele crer não pereça mas tenha a vida em abundância. Louvemos ao Senhor. Amen!

Jafete Mabote é um diácono ordenado e secretário distrital em Moçambique.

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